Após um novo aumento nos preços dos combustíveis, o consumidor canoense deve, em breve, modificar o seu comportamento. Quem faz a afirmação é o professor de economia da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), Lauro Marmitt. Em baixa no consumo do motorista, o etanol pode voltar a ser utilizado como uma saída para quem quer gastar menos.
O gerente de um posto de combustíveis do bairro Igara, afirmou que as vendas do etanol são basicamente para pessoas que querem utilizar o combustível em lareiras ecológicas.
Outro combustível que está sendo pouco utilizado por veículos de passeio, é o diesel S10. Com a nova elevação, ele passou a ser mais caro que a própria gasolina comum e é encontrado por R$ 7,25 nas bombas de postos da cidade. Isso representa um aumento de 6,7% entre o último sábado (18) e esta terça-feira (21).
De acordo com o professor Marmitt, a aquisição de um carro a diesel não é mais vantajosa. "O veículo tem um valor de mercado superior aos movidos por gasolina e etanol, a manutenção é mais cara e agora o combustível também"
A mesma escolha porém, não pode ser feita pelo motorista de caminhão, que necessita do diesel para trabalhar. "Basicamente tudo no Brasil gira entorno do transporte rodoviário, a tendência é encarecer o frete e consequentemente todos os produtos na cadeia final vão subir", afirma. Para o professor, o aumento do combustível não deve ser acrescido nos produtos neste mês de junho. "Os custos vão começar a ser repassados a partir do mês de julho", complementa Marmitt.
Outra mudança nos últimos tempos, aconteceu para quem utiliza o Gás Natural (GNV). Se durante anos anteriores, o combustível era muito utilizado, no momento é apenas uma opção aos antigos usuários. Vendido em média pelo valor de R$ 6,49 o metro cúbico, a alternativa deixou de ser atrativa ao consumidor, que permanece em busca da gasolina. Ainda conforme o gerente, o tradicional combustível é o mais vendido, inclusive com filas sendo formadas.
Os recentes aumentos seguem fazendo com que haja variação de valores nos combustíveis. Conforme dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a gasolina comum pode variar até 50 centavos. Já com o etanol, a variação fica próxima dos 10 centavos.