O agricultor tem um hectare em produção, que foi plantado há mais de 10 anos, e outro hectare começando a produzir, esse com três anos. Além de manga, a família planta abóboras, laranjas e batata doce. As mangas são comercializadas na Central de Abastecimento (Ceasa), na capital, e tem garantido uma boa rentabilidade.
Segundo Kehl, faz 25 anos que ele decidiu plantar mangas. A ideia surgiu depois de conversar com produtores de Caxias do Sul, cidade onde há uma variedade grande de frutas cultivadas.
A colheita, que é anual, começou no início do mês e deve durar três semanas. "A nossa manga é doce e bonita, igual à que vem da Bahia", garante. De acordo com ele, o cultivo exige cuidados e a utilização de várias técnicas de manejo.
Conforme o engenheiro agrônomo da Emater de Ivoti, Felipe Pereira Dias, é importante acompanhar de perto a diversificação de culturas como maneira de garantir a qualidade e valorizar a agricultura familiar.
O agrônomo Felipe Pereira Dias explica que não é comum o cultivo de mangas no Rio Grande do Sul, porque a fruta é de clima tropical e precisa de calor. No caso da propriedade de Kehl, existe a formação de um microclima, com muita luminosidade e sem formação de geada. "Como é em uma coxilha, a orientação solar é perfeita para isso", comenta.
De acordo com Dias, a produção no Estado ocorre de forma aleatória, em locais semelhantes aos de Ivoti, onde, em um pequeno espaço, há condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento da manga.
O principal produtor da fruta no Brasil é São Paulo, seguido do Estado da Bahia, com safra de vai de agosto a dezembro.