Salvaguardar a memória. A ação de proteger a história exige consciência, esforço, dedicação e parcerias. Há todo um legado de documentos que são fundamentais para entender os caminhos traçados para o desenvolvimento. E se o tema envolve a mobilidade em área urbana - um dos grandes desafios que atravessa o tempo -, mais motivos ainda para defender a memória.
E é exatamente isso, salvaguardar a memória, que está em andamento desde o último mês a partir de uma parceria entre o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/RS) e a Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan).
Responsabilidade
Para o CAU/RS, a formalização desta intenção de doação de parte importante do acervo da Metroplan é uma honra e motivo de grande satisfação. "Ao mesmo tempo sabemos que será uma grande responsabilidade receber parte deste relevante acervo, inicialmente para salvaguarda e tratamento adequado e, posteriormente, para divulgar e disponibilizar acesso à toda sociedade. Isso representa ainda um reconhecimento da capacidade e do trabalho que vem sendo realizado pelo conselho, no sentido de registrar, resgatar e valorizar a história da arquitetura e do urbanismo gaúchos através da criação do Centro de Memória do CAU/RS", ressalta Holzmann da Silva, por meio da comunicação do CAU/RS.
Além de Holzmann da Silva, estão envolvidos nesse processo de atenção com a memória do desenvolvimento urbano a diretoria do Centro de Memória do CAU/RS, por meio da diretora Márcia Elizabeth Martins; do 1º vice-diretor Lucas Bernardes Volpatto; e do 2º vice-diretor Rinaldo Ferreira Barbosa. Há ainda a Comissão de Acervo do Centro de Memória do CAU/RS, que tem na coordenação Márcia Elizabeth Martins, que é diretora do Centro de Memória do CAU/RS.
Participam também desse processo os conselheiros Rinaldo Ferreira Barbosa e Fábio Müller. Também na equipe as professoras, profissionais em Museologia, Márcia Bertotto e Jennifer Cuty, além de Josiane Cristina Bernardi (secretária-geral) e Barbara de Jesus Hoch (estagiária de Museologia).
Conforme a comunicação do CAU/RS, a iniciativa de doar seu acervo ao CAU/RS, partiu da própria Metroplan, após tomar conhecimento de que o conselho estava implantando um Centro de Memória e que este teria os meios e a capacidade técnica de receber parte do seu acervo para guarda e disponibilização para pesquisa e acesso amplo de profissionais, estudantes e instituições.
O Centro de Memória da Arquitetura e Urbanismo parte de uma parceria, firmada em 2020, entre o CAU/RS e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). A inauguração do Centro de Memória está prevista para o mês de novembro deste ano. Aliás, o CAU/RS já conta com um acervo muito especial com 38 coleções.
A equipe do CAU/RS enfatiza que está em andamento a formalização da intenção da Metroplan em doar seu acervo ao conselho e que somente será possível detalhar seu conteúdo após seleção, inventário e análise técnica. Trabalho este em fase inicial de desenvolvimento. E a equipe do Centro de Memória do CAU/RS destaca que se trata de um acervo grande que necessita ser inventariado, com a devida identificação e quantificação do material.
Fato que demanda a realização de um trabalho especializado que ocupará um considerável tempo. Na avaliação dos integrantes do Centro de Memória, "o acervo se reveste de grande relevância por registrar o surgimento, evolução e planejamento de muitas cidades do Rio Grande do Sul e da região metropolitana de Porto Alegre, principalmente".
A equipe lembra que o CAU/RS já possui um acervo próprio, que está sendo preparado, digitalizado e catalogado para acesso de toda a comunidade, através de consulta digital e, por agendamento, consultas físicas. No entanto, o acesso ao acervo do Centro de Memória do CAU/RS ainda não está aberto, pois está em fase de constituição e organização. O acervo da Metroplan entrará nesse planejamento e a seu tempo também será disponibilizado para acesso e consulta, principalmente por meios digitais.