O ator gaúcho Sirmar Antunes morreu, aos 66 anos, em Porto Alegre neste sábado (6). Ele morava na Casa do Artista Riograndense, na capital. A morte de Antunes foi confirmada pela ONG, que abriga artistas com idade avançada.
Em 2021, Antunes recebeu o Prêmio Leonardo Machado, do Festival de Cinema de Gramado. Os organizadores do evento o descreveram como "ícone, cuja história se confunde à de nosso cinema e cuja imagem está eternizada em tantas obras que marcam nossa produção".
A esteve em mais de 40 filmes, entre curtas e longas, numa trajetória que resume boa parte da história do cinema gaúcho, destacou, na época, a premiação.
Trajetória
Nascido em Porto Alegre em 1955, Sirmar começou no teatro ainda adolescente. Sua primeira aparição no cinema foi, justamente, na fase final do período do cinema popular dos anos 70 capitaneado por Teixeirinha: em 1979, Sirmar faz uma pequena participação em Domingo de Gre-Nal, um dos últimos grandes sucessos de bilheteria daquela época.
Sirmar também deixaria sua marca no período de efervescência do curta-metragem dos anos 80: em O dia em que Dorival encarou a guarda (1986), é ele o militar que, após a confusão, apieda-se do detento e partilha um cigarro com ele. Esse clássico do cinema gaúcho, escolhido Melhor Curta em Gramado, completa 35 anos.
A carreira de Sirmar seguiria junto com o cinema do Estado, que retomou sua produção de longas-metragens no fim dos anos 90. Sirmar teve papéis de grande destaque em produções como Lua de outubro (1998), Netto perde sua alma (2001), Concerto campestre (2005), Netto e o domador de cavalos (2008) e Em teu nome (2009) – um dos filmes em que divide a cena com Leonardo Machado, que dá nome ao prêmio ora conferido ao colega.